A saúde pública no mundo enfrenta desafios complexos moldados por questões globais como pandemias, mudanças climáticas, desigualdades sociais, conflitos geopolíticos e avanços tecnológicos. O impacto da COVID-19 ainda é sentido globalmente tanto em termos de saúde física quanto mental e os sistemas de saúde continuam enfrentando dificuldades para recuperar os serviços suspensos durante a pandemia. Países do mundo inteiro estão fortalecendo a vigilância epidemiológica e os sistemas de resposta rápida a crises sanitárias e doenças como diabete mellitus, hipertensão arterial, obesidade e câncer, que continuam sendo as principais causas de mortalidade, muitas vezes relacionadas a estilos de vida sedentários e dietas inadequadas, a urbanização e o envelhecimento populacional agravando os problemas em países de baixa e média renda.
As mudanças climáticas e problemas de saúde complicam mais a situação pelas políticas erráticas de saúde pública que aumentam a incidência de doenças relacionadas ao clima, como a engue, a Malária, a desnutrição e as doenças respiratórias e digestivas, causadas pela poluição do ar e das águas, provocando crises contínua e girando um ciclo interminável que somente consegue ser quebrado com austeridade econômica e combate a corrupção. É dever de todas as nações levar a sério as ameaças que estão se tornando realidades nos países mais pobres, que não por coincidência também escolhem vias políticas ineficientes por ideologias populistas irresponsáveis e inconsequentes.
No Brasil, desde a criação do Sistema Único de Saúde, vemos uma melhoria dos indicadores de saúde pública e um desenvolvimento social in crescendo, cabendo a nós como cidadãos e a política de saúde, manter e desenvolver as estatísticas e as realidades nacionais. O nosso SUS, no entanto, precisa ser atualizado em suas políticas econômicas para ser verdadeiramente autossustentável e justo tanto para os profissionais que nele trabalham como para seus usuários que, por coincidência, somos todos ou quase todos nós. Valorizar este instrumento que tanto nos beneficia como nação é colocar em alta as políticas governamentais que deverão estar alienadas com as realidades do Brasil. É muito fácil prometer saúde pública, difícil é manter as promessas com discursos que agradam os ouvidos dos mais humildes. Um banho de realidade será mais conveniente na hora de tomar decisões realistas, um banho de água fria que poderá ser compensado com cálidas consequências políticas. É só tentar, que vai dar certo.